Fundamentos da Contabilidade de Custos

Fundamentos da Contabilidade de Custos
Terminologias

Gastos

Gastos são todas as ocorrências de pagamentos ou recebimentos de ativos, custos ou despesas. Significa receber os serviços e produtos para consumo para todo o processo operacional, bem como os pagamentos efetuados e recebimentos de ativos. Como se pode verificar, gastos são ocorrências de grande abrangência e generalização.

Investimentos

São os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros.

Custos


São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos.

Despesas

São gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais.

Perdas

São fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem à normalidade das operações da empresa. São considerados não operacionais e não fazem parte dos custos de produção dos produtos.


Classificação de custos:

Custos diretos

São os custos que podem ser fisicamente identificados para um segmento particular sob consideração. Assim se o que está sob consideração e uma linha de produtos , então os materiais e a mão-de-obra envolvidos em sua manufatura seriam ambos custos diretos.

Custos Indiretos

São os gastos industriais que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso sejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, será através de critérios de distribuição ou alocação.

Custos Fixos

Os custos fixos são os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações das atividades operacionais. Podem variar conforme o volume de produção.

Custos Variáveis

São assim chamados os custos e despesas cujo montante em unidades monetárias variam na proporção direta das variações do nível de atividade.


Custos de Oportunidade

Pode ser definido como o benefício potencial que é perdido ou sacrificado quando a escolha de um curso de ação faz isso necessário para adotar um curso de ação competitivo.


Fonte Bibliográfica: Padoveze, Clóvis Luís - Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil / Clóvis Luiz Padoveze – São Paulo : Atlas, 1997.

Artigo: A gestão de custos na tomada decisão.

Artigo: A gestão de custos na tomada decisão.

Ser gestor envolve entender de muitas variáveis com marketing, gerenciamento e liderança, economia, sistemas e métodos, finanças e custo.
Em qualquer planejamento feito pelo gestor independente da área que atua conhecer de custos, deixa de ser fundamental e passa a ser obrigatório.
Em todas as empresas desde as informais, micro, pequenas e as grandes multinacionais os custos estão envolvidos em todos os seus processos sejam de produção, comercial ou administrativo.
E importante ressaltar alguns conceitos básicos de custos:
Gasto: sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto, sou serviço qualquer, seja para o uso ou consumo.
Custo: compreende a soma dos gastos com bens e serviços, aplicados ou consumidos na produção de outros bens ou serviços.
Despesa: compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativas, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visa a obtenção de receitas.
Perda: Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. Não pode ser confundida com despesas e nem com custo, exatamente pela sua caracterização de anormalidade e involuntariedade.
Desembolso: Pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços, podendo ocorrer antes, durante ou após a ocorrência do fato.
Investimento: Compreende geralmente os gastos com aquisição de bens de uso da empresa (ativo), ou ainda, aumento de sua vida útil.
E importante dizer também sobre os conceitos de custos:
Custo de oportunidade: que é o valor do beneficio que se deixa de ganhar quando no processo decisório se toma um caminho em detrimento de outro, ou seja, os benefícios da alternativa rejeitada serão os custos de oportunidade da alternativa selecionada.
Custos primários: que é a soma da mão-de-obra direta e material direto utilizado no processo de produção.
Custos de transformação: é o custo de transformação de material em produtos. E a soma de mão-de-obra indireta e custos indiretos de fabricação.
Custos rateados: são sempre custos =, indiretos, pois o rateio é realizado mediante o emprego de critérios e taxas, que resultam na divisão proporcional de um montante global muito usado nas empresas nos dias de hoje.
Para um melhor entendimento dos custos, temos que falar no Ponto de equilíbrio que é o valor ou quantidade que a empresa precisa vender para cobri o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis, e as despesas fixas. No PE a empresas não tem lucro nem prejuízo.
A também a margem de contribuição que e quando cada serviço ou produto vendido contribui para pagar as despesas fixas mensais e quanto contribui para formar o lucro.
Entendo os conceitos citados acima, conseguimos visualizar a importância de uma boa gestão de custos.
A política de custos e definida pela empresa, pois ela tem seu melhor entendimento, em quais contas alocar seus custos de seus produtos e serviços.
E importante separar os custos de cada produto, isto nos da uma maior precisão na hora de calcular o preço de venda. Temos que saber todos os custos incorridos nos produtos ou serviços. Neste ponto entra a informação, ou seja, uma boa comunicação de quem faz a gestão de custos com as áreas de estratégias e planejamento da empresa.

Sobre a formação do preço de venda Gustavo de Melo, nos da uma boa contribuição dizendo: em economia sujeita a inflação, a venda a preço superior aos custos de aquisição e/ ou fabricação pode determinar a ilusão montaria de lucro; na formação do preço, como se deve partir de considerações de custo, devem ser tomadas precauções especiais visando á atualização dos custos de compras e/ ou produção.

Diante do dinamismo atual do mercado, é importante para um negócio ou empresa desenvolver e sustentar uma vantagem competitiva, em cima de uma boa gestão de custos, que e onde ela vai ter uma maior visibilidade de suas necessidades financeiras para montar suas estratégias de seus serviços e de sua produção, visando assim uma maximização de seus lucros. .

Autor: Aderval Alves Luiz
Centro Universitário Una
Belo Horizonte - MG

Questões sobre Custos de Produção.


O que é Contabilidade de Custos.
A contabilidade de custo é um conjunto de procedimentos empregados para a determinação do custo de um produto e das várias atividades relacionadas a sua fabricação e veda para auxiliar o planejamento e a mensuração de desempenho. Assim a contabilidade de custos, determina os custos por departamentos, por função, por centros de responsabilidades, por atividades, por produtos, por territórios, por períodos e por outros segmentos faz a estimação de custos, estabelece padrões, manipula custos históricos, compara custos de diferentes períodos, compara custos reais com custos calculados, determina custos de alternativas, interpreta e apresenta informações de custos como auxilio á gerência no controle de operações correntes e futuras.

Quais os principais objetivos básicos da Contabilidade de Custos.
a) Avaliação de estoques;
b) Atendimento das exigências fiscais;
c) Determinação do resultado;
d) Planejamento;
e) Formação do preço de venda;
f) Controle gerencial;
g) Avaliação de desempenho;
h) Controle operacional;
i) Análise de alternativas;
j) Estabelecimento de parâmetros;
k) Obtenção de dados para orçamentos;
l) Tomada de decisão.

2. Qual a relação entre os princípios da competência, prudência e uniformidade com a contabilidade de custos?
No princípio da competência: as receitas. As despesas e os custos devem ser reconhecidos na apuração do resultado do período a que pertencerem.
No princípio da prudência: pressupõe que na elaboração de demonstrações financeiras todas as despesas e prejuízos devem ser previstos e provisionados, mas as receitas nunca devem ser antecipadas antes que possam ser consideradas como realizadas.

No princípio da uniformidade: diz que os critérios aplicados num período, nos registros contábeis e nos levantamentos deles decorrentes, devem ser mantidos nos períodos subseqüentes.

3. A partir de que século a Contabilidade de Custos teve um grande desenvolvimento?
A partir do século XX, e mais especialmente apartir da segunda guerra mundial (anos 50 pra cá) com a chamada contabilidade gerencial.

5 Por que é necessário que as empresas industriais tenham um bom sistema de Custos?
As empresas indústrias, tem uma maior produção, isto dificulta o rateio correto de todos os custos, por isso e importante que ela tenha um bom sistema.

Os fatores de custo de um produto em uma empresa industrial são os mesmos que em uma comercial?
Não, os fatores de custo de uma empresa industrial estão mais na produção, e uma empresa comercial no serviço.

6. Qual a diferença entre custos e despesas.
Custo: compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens e serviços.

Despesas: compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativas, comercial e financeira. Que direta ou indiretamente visa a obtenção de receitas.

Qual a diferença entre custos diretos e indiretos?
Custos diretos: são aqueles que são facilmente atribuíveis a determinado produto ou serviço, ou seja percebidos com clareza em cada produto ou serviço.

Custos Indiretos: são aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta.

8. O que são considerados custos de transformação?
É o custo de transformação do material em produtos. É a soma de mão-de-obra indireta e custos indiretos de fabricação.

10. Qual a diferença entre custos fixos e custos variáveis?
Custos fixos: são aqueles que independem do volume de produção ou venda.

Custos variáveis: São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda.

11. O que são custos semivariáveis?
São aqueles que possuem uma parcela fixa e uma variável.

12. Em que consiste o sistema de custeio por absorção?
É o método derivado da aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade (Principio da competência) e é, no Brasil, adotado pela legislação comercial e pela legislação fiscal. Nesse sentido reconhece todos os custos de produção como despesas somente no momento da venda, demonstrando de forma mais apropriada a confrontação entre receita e despesas, na apuração do resultado. Por esse motivo é aceito pelo fisco brasileiro.

13. Em que consiste o sistema de custeio variável?
É um método que considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço. É o critério utilizado para acumular os custos de qualquer objeto ou segmento da empresa. Este sistema só agrega os custos variáveis aos produtos, considerado os custos fixos como despesas.

14. O que são os Custos Indiretos de Fabricação – CIF? Exemplifique.
São aqueles que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais, diretos e mão-de-obra.
Ex: Aluguel, depreciação e salário da supervisão.

15. Qual tratamento contábil deve ser dado ao desperdício ou perda?
O desperdício ou perda devem ser alocados diretamente a conta de resultados.

16. É verdade que o custo variável unitário é fixo, enquanto o custo fixo unitário é variável?
Sim, em termos unitários os custos variáveis permanecem constantes.
Já os custos fixos quanto maior for o volume de produção, menores serão os custos por unidade.

17. O que significa Ponto de Equilíbrio (Break Even Point)? Como calculá-lo?
O Ponto de Equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. No ponto de equilíbrio – PE -, a empresa não terá lucro nem prejuízo.

Em forma de equação, o ponto de equilíbrio seria:
Receita Total (RT) = Custo fixo (CF) + Custo Variável Total (CVT)

Onde:
Receita total = preço de venda (PV) x quantidade vendida (Q)
Custo Variável total = custo variável unitário (CVU) x quantidade vendida (q)

Desdobrando a equação acima, temos:
(PV x Q) = (CVU x Q) + CF
CF = (PV x Q) – (CVU x Q)
CF = Q x (PV – CVU)
Q = CF / (PV – CVU)

Essa fórmula permite encontrar o Ponto de Equilíbrio em unidades vendidas.

18. Como usar a alavancagem operacional para prever o lucro?
Fazendo uma proporção da quantidade produzida pelo lucro desejado.

19. O que é margem de contribuição?
É quanto cada serviço ou produto vendido contribui para pagar as despesas fixas mensais e quanto contribui para formar o “Lucro”. O termo margem de contribuição tem um significado igual ao termo Ganho Bruto sobre as vendas. Isso indica que o empresário o quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro.


20. Qual a legislação que exige que as empresas tenham uma contabilidade de custos?
No Brasil, não há um legislação que obrigue o empresário a fazer uma contabilidade de custos.

21. O que é o custeio ABC?
O sistema de custeio baseado em atividades (ABC - Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas Custeio por absorção e variável, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção.

22. Quais os principais autores e livros do Brasil que tratam de custos?
George Leone – Curso de contabilidade de custos.

José Hernandez Perez Junior e Luiz Martins de Oliveira – Contabilidade de custos para não contadores.

Eliseu Martins - Contabilidade de custos

Hong Yuh Ching e Fernando Marques - Contabilidade e Finanças para não Especialistas

Etc

23. Qual o papel de um Controller numa empresa?
Atualmente as funções e atribuições da controlodaria diferem de empresa para empresa, dependendo do porte e da estrutura organizacional, a controladoria pode ser encontrada no mais diversos níveis da administração.
Basicamente, a controladoria é exercida de duas diferentes formas:
A primeira é mais comum é muito semelhante à função de um contador geral, situando-se na estrutura organizacional como órgão de linha e subordinando-se ao diretor financeiro.
A segunda forma de atuação do controller é mais correta, e como órgão de staff, ligado diretamente a alta administração funcionando como filtro das informações geradas pelos diversos setores da empresa. Neste caso o controller precisa ser um profissional altamente qualificado para garantir a perfeita realização dos processos.